Aos animais, esse ato de fraternidade é comum, pois eles não preconceituam.
A lei que os rege é simples: este é meu território e eu escolho compartilhá-lo ou não.
Os alfas e as betas são muito zelosos de seu território mas podem ceder espaço a outros.
Qual é nosso espaço ,onde podemos ou não aceitar outros?
O coração.
Nada é mais nosso que nossos sentimentos,pensamentos.
É ai,nesse local sagrado, que podemos permitir o acesso.
Acolher é aceitar o outro sem preconceitos, sem prejulgamentos, sem mágoas, sem superioridade.
Acolher é estender a mão a quem está caído, abrir os braços para quem está perdido, ser as pernas para quem parou de andar, ser a força para quem desistiu de si mesmo.
Acolhe-se com um sorriso,acolhe-se com um abraço, acolhe-se somente se houver misericórdia.
Como poderemos sobreviver como raça, se o pior sobrevier, se não aprendermos a acolher já?
Existe a necessidade de expandir a consciência para além das barreiras que de defesa que estamos construindo a milênios.
Receber dentro de seu espaço sagrado alguém que o feriu, é um ato supremo de acolhimento.
Mas também o é, estar por perto se alguém precisar.
Assim como, ir aonde se necessita de ajuda.
A primeira vez que o legato romano Petrus, cuja missão era matar Jesus depois de conhecer seus planos contra Roma, viu Mãe Maria, o sisudo romano travestido de judeu, viu-se abraçado por ela.
Acolhido por aquele amor sereno e sagaz em forma de uma pequena e linda mulher.
Foi nesse momento que o ódio de Petrus começou a ceder.
Foi nesse momento que seu coração voltou a bater.
Jesus no leme!